Advogados pedem a prisão de Sérgio Moro, Dellaganol e demais procuradores da Lava-jato.

Segundo eles, atitudes tomadas pelo ministro e procuradores se encaixam em diversos crimes constitucionais

O Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD), pediu o encarceramento do atual ministro da Justiça Sérgio Moro e outros procuradores envolvidos na operação Lava-Jato, através de uma protocolação no STF de uma notícia-crime. Os procuradores incluídos no pedido são: Carlos Fernando dos Santos Lima, Maurício Gotardo Gerum, Laura Gonçalves Tessler e Deltan Dellaganol.

“O Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD) acaba de protocolar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma notícia-crime contra o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores federais Deltan Dallagnol, Laura Gonçalves Tessler, Carlos Fernando dos Santos Lima (aposentado) e Maurício Gotardo Gerum (junto ao TRF da 4ª Região)”, afirmam os advogados em uma postagem feita no perfil oficial do grupo no Facebook.

Segundo eles, Moro e os Procuradores cometeram uma série de crimes que foram comprovados pelo áudio vazado de forma criminosa por hackers do site “The Intercept”.

“O ex-juiz e os procuradores da autodenominada Força-Tarefa Lava-Jato de Curitiba/PR se valeram dos cargos públicos para fabricar denúncias criminais e processos judiciais com o fim de obtenção de vantagens pessoais, o que tem vindo a público através de conteúdos obtidos em arquivos digitais, divulgados pelo site The Intercept, revelando conversas entabuladas entre o juiz SÉRGIO FERNANDO MORO e os procuradores federais, demonstrando fortes indícios de atuação ilegal, imoral e criminosa por parte dos Noticiados, na condução da Operação Lava Jato”, afirmou o documento.

“Mais do que convicções, se tem agora provas relevantes de que, enquanto se iludia o Povo Brasileiro com o discurso contra a corrupção, conversas e chats secretos, nos bastidores, tramavam contra a Democracia e o Estado de Direito, comprometendo, de consequência, suas instituições”, concluíram .

De acordo com eles, as atitudes de Moro e dos procuradores se encaixam nos seguintes crimes:

1- Violação de sigilo funcional, art. 325, CP;
2- Crimes contra o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito, arts. 13, 14 e 26, Lei 7170/83.
3- Organização criminosa, art. 2º, Lei 12.850/13;
4- Corrupção passiva, art. 317, CP;
5- Prevaricação, art. 319, CP;

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