Kirk Franklin, um dos maiores nomes do gospel, concedeu uma entrevista em uma visita feita ao programa de rádio “The Breakfast Club”. Durante a programação, ele contou novidades sobre seu novo álbum. Além disso, o cantor também se posicionou acerca questões polêmicas como aborto e homossexualidade.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus… mas o que temos que entender também é que o Cânon das Escrituras ainda está vindo de um lugar de um Deus amoroso. Deus não tem como propósito odiar gays. A Bíblia não é um manual sobre como odiar os gays”. Declarou ele.
E assim, se continuarmos a isolar essas coisas individuais e fizermos com que a premissa do que é Deus e de quem é Deus, estamos perdendo o foco […] que é a mensagem de que há espaço na cruz para todos nós. Todos nós temos algo e tentar fazer com que o seu algo seja maior do que o meu é perder o quão grande é o amor e a graça de Deus”,acrescentou.
“Deus é um Deus da verdade, acredito que o amor de Deus é a verdade. Não há verdade sem amor e o amor não pode existir sem a verdade”. Concluiu Franklin , ao argumentar com o apresentador que afirmou que não conseguia enxergar amor nenhum na Bíblia. Segundo Charlamagne, para ele a Bíblia é um material homofóbico e na maioria das vezes antissemita.
“Não há nada de homofóbico na Bíblia. O que acontece é que as pessoas (homens e mulheres) não foram necessariamente ensinadas a fazer uma exegese e por isso não entendem as Escrituras, não compreendem a totalidade do texto. Porque se você vai chamar uma coisa de pecado na Bíblia, você não pode apagar esse texto e precisa perceber que orgulho e inveja, [também são pecados]”. Argumentou o cantor.
Sobre o aborto, Franklin também se posicionou ao ser perguntado sobre os entrevistadores.
Ele revelou que quase foi abortado por sua mãe e que foi adotado por uma senhora de 64 anos de idade.
“Lembro-me de minha mãe biológica dizendo à minha mãe adotiva: ‘Eu não queria ele, eu queria um aborto, mas você não me deixaria fazer isso’. Então, eu vivi com essa questão do abandono. Por isso sou sim uma pessoa pró-vida. Mas, ao mesmo tempo, seria hipócrita não dizer também que, quando eu era adolescente, paguei por um aborto”, confessou.
“Seria hipócrita da minha parte não dizer também que também contribuí para a conversa ou para as questões, para a mesma coisa que me magoou”, acrescentou ele, afirmando que teria pedido perdão para a menina por ter a incentivado e a levado para a clínica.
“Meu ponto é que eu sou pró-vida, mas eu ainda acredito que não tenho o direito de forçar uma mulher a fazer qualquer coisa com seu corpo, da mesma forma que eu não posso forçar alguém a se entregar a Jesus Cristo”, Concluiu