Sergio Moro afirma não haver anormalidades em mensagens trocadas com procuradores.
O site teria obtido conversas com o ministro de maneira criminosa.
Em uma nota publicada nesse domingo, o ministro Sérgio Moro fez duras críticas a publicação do site Intercept. A matéria do site discorria sobre mensagens que ele teria trocado com o procurador do ministério público Federal (MPF), Deltan Dallagnol acerca das investigações do processo da Lava-Jato. Segundo o ministro da justiça, não há qualquer anormalidade nas mensagens.
Além disso, Moro também criticou a postura do site, que fez o uso do material obtido de maneira criminosa, através de uma invasão dos telefones celulares de procuradores. Ele questionou também, o fato de ninguém ter entrado em contato com ele antes da realização da publicação. O que é completamente contra as regras do jornalismo.
Ao comentar o suposto dialogo como procurador Deltan, o Ministro não houve por parte dele qualquer tipo de “direcionamento da atuação enquanto magistrado”. Falou também sobre o sensacionalismo inescrupuloso das matérias, que ignoram o “gigantesco esquema de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato.
Sem ter qualquer tipo de provas sobre o ocorrido, e sem a qualquer garantia de segurança e veracidade do material apresentado, o site afirma que Sérgio Moro teria dado uma pista em relação ao caso do ex-presidente Lula para que Deltan investigasse.
A matéria publicada no site possui a chamada: “Exclusivo: chats privados revelam colaboração proibida de Sergio Moro com Deltan Dallagnol na Lava Jato”.
Segue abaixo a nota do ministro sobre o caso:
“Sobre supostas mensagens que me envolveriam publicadas pelo site Intercept neste domingo, 9 de junho, lamenta-se a falta de indicação de fonte de pessoa responsável pela invasão criminosa de celulares de procuradores. Assim como a postura do site que não entrou em contato antes da publicação, contrariando regra básica do jornalismo.
Quanto ao conteúdo das mensagens que me citam, não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado, apesar de terem sido retiradas de contexto e do sensacionalismo das matérias, que ignoram o gigantesco esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.”