Um pastor que processou a igreja Universal do Reino de Deus,acabou levando a melhor na ação que requeria o reconhecimento de vínculo empregatício por parte da igreja. A premissa que o levou a ganhar o processo foi a alegação de que a igreja tinha metas de arrecadação para cada pastor.E a justiça considerou que exigir que seus bispos e pastores batam metas descaracterizam o conceito de igreja “desvirtuam a finalidade religiosa”.
O processo em primeira instância foi julgado como improcedente,então o pastor recorreu em segunda instância e ganhou no TRT da segunda região.Os desembargadores que analisaram o caso consideraram exigências mensais como vínculo empregatício além de ferir o princípio de liberdade religiosa.
Dessa forma,o órgão,reconheceu a relação trabalhista do pastor e a IURD.Outra questão que foi analisada foi o fato do pastor ter vivido durante 7 anos na igreja e ter desempenhado outras funções na igreja como pintor,reparador,zelador ,evangelista,visita à doentes,assistência espiritual a comunidade que ia a igreja.
“Além do sublime mister, do qual o autor tanto se orgulha, impressiona o fato de que se faltasse a algum culto poderia perder a igreja e que havia fiscalização dos cultos pelo regional, tinha uma folga semanal e intervalo intrajornada de uma hora”, concluiu desembargadora-relatora, Silvia Almeida Prado Andreoni.
Silvia ainda ressaltou que a ação caracterizava “desvirtuamento da missão sublime de ganhar almas”, e reduziu a função do pastor a“vendedor dos princípios bíblicos”, cuja verdadeira função seria atingir metas financeiras para a igreja.
A instituição de Edir Macedo já informou que vai recorrer da sentença e que ignorou “todas as provas presentes no processo”, pelo fato de “contrariar garantias constitucionais de culto, asseguradas a todas as religiões”.
Se essa moda pega,o que vai haver de pastor insatisfeito com suas denominações querendo reclamar direitos trabalhista na justiça,não será brincadeira.Porém,a IURD já coleciona centenas de processos na justiça por diversas causas.