Nivea Soares fala da carreira e de racismo
Nívea Soares despontou para o cenário da música cristã em 1998, quando passou a integrar o Ministério Diante do Trono como backing vocal. Recebeu o convite de Ana Paula Valadão para participar do que seria, inicialmente, um CD de louvor da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), com renda revertida para missões na Índia.
O ministério próprio de foi surgindo conforme começaram a despontar convites para ministrar em outras igrejas. Já em 2003 ela gravou o primeiro CD solo, intitulado “Reina Sobre Mim” e desde então, juntamente com seu esposo, o produtor musical Gustavo Soares, viajam pelo país e também por outras nações, ministrando e pregando o Evangelho.
Questionada sobre experiências vividas, desde a infância, relativas ao preconceito racial, Nívea é enfática .
“A primeira vez que lidei diretamente com o preconceito racial foi na escola, quando eu era pequena. Felizmente, a cura de Deus veio ao meu coração. Mesmo depois de casada, vivi um episódio estranho: eu estava em casa e a campainha tocou. Fui atender e a pessoa, que veio entregar uma encomenda, me perguntou ‘se a minha patroa estava em casa’. É estranho constatar que ainda temos que lidar com isso num país onde a maioria é afrodescendente. Mas creio que o maior desafio não é mudar o modo de pensar dos que são racistas, e sim o de lidar com a auto-aceitação no meio da população negra”, afirma Nívea.
Conhecida por suas mensagens de impacto, Nívea Soares revela que ter unção não torna ninguém super homem.
“A unção não nos torna super-homens, nos torna mais humanos, mais parecidos com Jesus e dispostos a deixá-lo tocar as pessoas através de nós. As mensagens são fruto de algo que tenho recebido pessoalmente. A Palavra de Deus sempre me desafia a olhar para a santidade do Senhor, mudar o que está errado em mim e servir ao meu próximo. Tenho vivido isso e experimentado um amor muito grande pela Palavra. Creio que a igreja hoje precisa deixar de lado as distrações do mundo, se voltar para os fundamentos da Palavra e verdadeiramente se encher do Espírito Santo”, finaliza.