Os deputados federais do PT Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damous (RJ) mostraram mais uma vez como seu partido vê a fé cristã de agentes públicos. Eles entraram com uma representação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) acusando o procurador da República Deltan Dellagnol de “infringir o Código de Ética” do Conselho.
O motivo foi o anúncio do coordenador Dellagnol da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná de que faria “jejum e oração” durante o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta (4).
Os parlamentares petistas acusam Dallagnol de “fazer proselitismo político religioso nas redes sociais” o que infringiria o artigo do Código sobre “imparcialidade no desempenho de funções”.
Para os petistas a atuação do procurador nas redes sociais deveria ser censurada porque ele “lança os mais diversos comentários” em suas contas particulares “como se fosse um influenciador digital, com atuação semelhante à de youtubers e blogueiros”.
O pedido de Pimenta e Damus é que seja instaurando um processo disciplinar para apurar o caso, aplicando a penalidade prevista em lei, se for constatada a violação.
Desde que falou sobre o assunto, no domingo (1), Dallagnol foi visceralmente atacado por políticos de esquerda, além de sites ligados ao PT. Também acabou sendo criticado por programas da rádio Jovem Pan, onde foi acusado de ferir o princípio do “Estado laico”. O magistrado negou que tenha feito algo ilegal, pois sua manifestação não tem relação com o seu desempenho profissional.
Lembrando depois que Dallagnol tomou posição de jejuar, muitas lideranças evangélicas declaram apoio ao procurador conclamando jejum. A igreja Batista foi a primeira a se posicionar, sequentemente outros lideres seguiram o exemplo.
Com informações: O Globo