, Judith Butler, vem ao Brasil neste mês de Novembro sob muitos protestos . O motivo para toda esta ariticulação é fato da filósofa ser conhecida como elaboradora da ideologia de gênero, mais conhecida como ‘’.
Entrevistada pela BBC, e publicada na quinta-feira (1), as declarações aumentam o grau de reprovação de sua vinda ao Brasil.
Uma das afirmações que a criadora da ideologia de gênero fez, foi sobre a incompatibilidade da ideologia de gênero com a Bíblia.
“O conceito de gênero gera muito medo. É uma ideia muito mal compreendida e representada como caricatura. Até o papa Francisco condenou o ‘gênero como uma ideologia diabólica’”.
“É uma crítica feita pelo Catolicismo de direita que pegou entre quem acredita que o conceito nega as diferenças naturais entre os sexos . E ameaça o casamento e a família, bases da heterossexualidade. Se você baseia a sua visão de mundo na Bíblia, então, a ideia de gênero vai ser mesmo ofensiva.”, afirmou Butler.
A petição on-line que exige o cancelamento da palestra de Butler já está próximo dos 350 mil . Nestes últimos dois dias, mais de 43 mil se engajaram no documento online, disponível no site CitizenGo.
Na negatividade de milhares de pessoas à sua palestra, no início de Novembro, Butler diz que é um “grande equívoco”. Ela ainda afirmou que não pretende falar sobre gênero no evento. Mas sim sobre “democracia e seu trabalho a respeito da situação de Israel e Palestina. Judith acrescentou que tal movimentação ocorreu porque as pessoas “têm medo de falar sobre gênero”.
O jornalista e tradutor Bernardo Pires Küster, de 30 anos, se identifica como um dos criadores da petição. Em uma postagem recente no Facebook a respeito da criadora da ideologia de gênero ele diz:
“Muitos combatem apenas os efeitos da ideologia de gênero, e não sua principal causa: a filósofa americana Judith Butler”. “Ela vem ao Brasil mais uma vez para promover sua agenda.”
Interrogado sobre os argumentos de Butler que o propósito de sua vinda ao Brasil é outra, Küster afirma à BBC Brasil:
“O fato de ela não trabalhar mais com esse assunto não impede que continuem a ocorrer hoje os efeitos daquelas falas”.
“O protesto não é contra o que ela vai dizer, mas contra o que ela é. Se existe um problema de gênero no Brasil atualmente, é por causa dela. Ela própria diz que não se pode impedir o exercício da liberdade, e é isso que fazemos ao protestar. É parte do jogo democrático”, afirma.