Salvador foi palco de mais um episódio do bom senso da Justiça em relação a difamação do maior símbolo religioso.
Justiça barrou a apresentação do espetáculo “”, que retrata Jesus como uma . O espetáculo estava marcado para acontecer nesta sexta-feira (27) no Espaço Cultural Barroquinha, em Salvador.
A decisão liminar, da 12ª Vara Cívil, atendeu a uma ação movida contra a Fundação Gregório de Mattos, responsável pelo espaço onde a peça seria encenada em duas sessões, às 18h e às 20h. O espetáculo faz parte da programação da 10ª edição do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC Bahia), que ocupa diversos espaços culturais da capital baiana.
Na quinta-feira (26), a peça foi apresentada no mesmo local.
No espetáculo, que dura cerca de uma hora, Jesus é uma mulher trans que remonta aos ensinamentos seculares para enaltecer mulheres, homossexuais, garotas de programa e outros excluídos. O cancelamento da peça pegou de surpresa muitas pessoas que foram ao local para assistir à apresentação.
A Fundação Gregório de Matos informou que, juntamente com a produção do festival, já está tomando as providências jurídicas cabíveis e que vai recorrer da decisão. Na liminar, o juiz Paulo Albiani Alves aponta que o grupo que entrou com o pedido de suspensão da peça alegou que o espetáculo é “extremamente ofensivo a moral da humanidade, que é em sua grande maioria crente no homem Jesus como filho de Deus”.
Além disso, a decisão da Justiça, aponta que o espetáculo “expôs ao ridículo” símbolos como a cruz e o próprio homem. A decisão ainda aponta que a peça “incitou crime de ódio e feriu a liberdade e a dignidade humana”. A liminar diz que a Fundação Gregório de Matos tem prazo de 15 dias para contestar a decisão. A assessoria da fundação também informou que, em breve, vai divulgar quais medidas serão adotadas com relação à compra dos ingressos pelo público. As entradas custaram R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira).
Com informações : G1 via Ubatã